A VIII Jornada Tradufire: o papel do empreendedorismo na Tradução
e no Ensino de Línguas, ocorrida no segundo sábado deste mês
(14), marcou o aniversário de 10 anos do Programa de Pós-graduação em Metodologia da Tradução (PPGMT) da
Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire), coordenado pela Profa. Ma.
Márcia Modesto, CEO da jornada.
Manhã
Para começar, o evento contou com a presença das alunas do PPGMT e
cantoras Ana Areias e
Elaine Anjos num momento
cultural apreciado por toda a audiência. Quem quiser curtir as
músicas autorais e versões das artistas, pode acessar as
plataformas de streaming de música ou assistir no YouTube (é
só clicar no nome delas).
Na abertura da jornada, o Prof. Gildo Galindo, que é diretor adjunto
dos cursos de pós-graduação da Fafire, falou sobre o curso de
Tradução e sua trajetória em 10 anos de criação e
empreendedorismo. Parabenizou a Profa. Márcia e todas as pessoas
envolvidas no evento e deixou votos de uma excelente jornada.
A Profa. Ma. Dulce Porto, docente do Departamento de Letras (Fafire),
destacou os desafios da nova Base Nacional Comum Curricular – BBCC
para o professor de inglês em diálogo com a temática do
empreendedorismo. A palestra O Professor de Inglês x
Empreendedorismo: desafios da nova BNCC
fez
um histórico desde o lançamento dos Parâmetros Curriculares
Nacionais – PCN até os dias atuais e vislumbrou metas para o
futuro mediante abordagem teórica e documental.
Em seguida, a intérprete Damiana Rosa, da Escola de Tradutores (São Paulo), proferiu a videoconferência
intitulada A fantástica história das mulheres indígenas
pioneiras na interpretação no Brasil. Muitas mulheres
exerceram, ao longo da história, o ofício de tradutoras
intérpretes. Nesta palestra, Damiana Rosa deu evidência às
intérpretes pioneiras que tiveram um papel de destaque na história
do Brasil durante o período colonial: Paraguaçu, Mbycy, M’Uiráuby,
Damiana Menezes da Cunha.
Wendell Santos, que também é aluno do PPGMT e Prof. de língua
inglesa da rede de ensino do Estado de PE, discorreu sobre A
autotradução literária, que se trata da tradução de um
trabalho para outra língua feita pelo próprio autor. Em sua
palestra, apresentou diversos pontos de vista sobre a autotradução,
analisou a autotradução de Lorem Ipsum (Paulo Henriques
Brito) e, por fim, defendeu a autotradução como uma genuína
tradução.
Em No xirê das letras: língua x linguagem, uma questão de
identidade, a Profa. Esp. Cristiane Souza realizou um breve
relato de experiência de um projeto desenvolvido na Escola de
Referência em Ensino Médio (Erem) Assis Chateaubriand (Brasília
Teimosa, Recife): discurso acerca do preconceito pela cultura da
África, abordagem quanto à questão da formação da língua
portuguesa através das línguas africanas e análise de palavras
cotidianas e de glossários. Cristiane Souza é Profa. de língua
portuguesa da rede municipal de ensino de Jaboatão dos Guararapes –
PE. Além disso, é atuante nas causas sociais e pesquisadora pelo
Grupo de Estudos e Pesquisas em Autobiografias, Racismos e
Antirracismos na Educação (GEPAR) da UFPE e pelo Grupo de Estudos e
Pesquisas em Educação, Raça, Gênero e Sexualidades Audre Lorde
(GEPERGES) da UFRPE. Em sua palestra, Cristiane Souza mostrou que nós
também falamos línguas africanas, uma excelente reflexão para o
tradutor cuja língua de chegada ou de saída é a língua portuguesa
do Brasil.
Tarde
A tarde começou com as exposições de banner. Roberto França,
aluno egresso do PPGMT, apresentou o banner Outros jeitos de usar
a boca: as escolhas tradutológicas de Ana Guadalupe para Milk and
honey.
Sob
orientação do Prof. Dr. Marcelo Costa (PPGMT), Roberto França
analisou a tradução ao português brasileiro da obra Milk
and honey,
da escritora Rupi Kaur. O trabalho é um recorte de sua monografia de
título homônimo.
Antônio
Andrade (Prof. de língua inglesa), Natani Monte (advogada) e Tiago
Trigueiro (comunicador social), discentes do PPGMT, apresentaram o
banner Pablo
Neruda in context: Tradução do poema Walking Around.
O trabalho, que já é um estudo realizado já no decorrer da
especialização, propõe uma tradução fiel do poema Walking
Around,
do escritor chileno Pablo Neruda.
Dentre as palestras oferecidas à tarde, Dandara Palankof contou como
começou a traduzir HQs na palestra intitulada Traduzindo HQs:
peculiaridades e desafios.
A tradutora destacou as características das HQs como uma forma de
escrita singular e independente, bem como as questões tradutológicas
com as quais se depara.
Letícia
Quintella, da UFPB, discorreu sobre a tradução de línguas antigas
em Percursos tradutórios em debate: análise
linguístico-literária do excerto de controvérsia 6.8 de Sêneca, o
Rétor.
Georgea
Nascimento, Profa. de língua inglesa da rede de ensino Red Baloon
(Recife) e aluna do PPGMT, apresentou a palestra Legendagem
vs. Dublagem, por que tão diferentes?
Sob
orientação da Profa. Ma. Manoela Oliveira (PPGMT), a palestrante
trouxe à tona diversos conflitos encontrados na legendagem e na
dublagem, bem como estratégias de tradução.
Paula
Berinson contou suas experiências como tradutora PT-FR na palestra
Tradutore Traditori,
que entreteve e intrigou a audiência
com
os percursos feitos em seu trabalho de tradução de textos antigos
que precisaram ser encontrados na França.
O evento também contou com a presença de Fátima Quintas (da
Academia Pernambucana de Letras – APL), que falou sobre O ensaio
na literatura. Em sua fala, a escritora contou suas primeiras
experiências e reações recebidas aos seus ensaios de
características literárias. Segundo sua palestra, o ensaio é e
deve ser literatura.
O grupo formado por discentes do PPGMT Lorena Paula Leal (advogada,
tradutora juramentada), Michelli Florencio Dantas (profa. de língua
inglesa) e Tiago Trigueiro falou sobre Multimodalidade e a
Tradução no século XXI,
sob orientação do Prof. Dr. Marcelo Costa.
Em
seguida, o intérprete de libras Rewry Gomes trouxe a apresentação
Desafios do intérprete de libras dentro das escolas
públicas do Estado de PE.
Rewry Gomes fez um relato de experiência como professor-intérprete
nas escolas da rede estadual de ensino de Pernambuco, no qual
discorreu sobre os desafios diários da interpretação na escola.
Fechando
com chave de ouro, Andrea Melo falou sobre A
importância das traduções em braille na rede de ensino do Estado
de Pernambuco.
A pedagoga e brailista falou discorreu sobre os livros em braille
como ferramenta fundamental de compreensão e acessibilidade para a
independência pessoal, formação educacional, cultural e
profissional das pessoas cegas e de baixa visão. Andrea Melo é
graduada em Pedagogia e pós-graduada em Educação Inclusiva.
Professora brailista e, atualmente, trabalha na Sala de Recursos
Multifuncionais da Erem Assis Chateaubriand (Brasília Teimosa,
Recife) acompanhando alunos com diversos tipos de deficiência.
Por
fim, a Profa. Márcia Modesto agradeceu a todas as pessoas presentes
e encerrou a jornada com o sorteio de livros oferecidos pelas
editoras
MacMillan, Paulus
e Enseada das Letras.
Monitoria
- Claudiane de Sousa
- Josileane Flossdorf
Mestres de
Cerimônia
- JL Júnior (manhã)
- Felipe Brito (tarde)
Apoios
institucionais
Comissão
Organizadora
- Cássio Cavalcante
- Felipe Brito
- Laura Freitas
- Marcelo Costa
- Margareth Patápio
- Wendell Santos
Eu só sei que com isto a cereja do bolo foi colocada com sucesso. Wendell, muito bom trabalho!
ResponderExcluirImensamente feliz que você tenha apreciado!
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