Pular para o conteúdo principal

Como foi a Jornada #Tradufire2019?

A VIII Jornada Tradufire: o papel do empreendedorismo na Tradução e no Ensino de Línguas, ocorrida no segundo sábado deste mês (14), marcou o aniversário de 10 anos do Programa de Pós-graduação em Metodologia da Tradução (PPGMT) da Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire), coordenado pela Profa. Ma. Márcia Modesto, CEO da jornada.

Manhã

Para começar, o evento contou com a presença das alunas do PPGMT e cantoras Ana Areias e Elaine Anjos num momento cultural apreciado por toda a audiência. Quem quiser curtir as músicas autorais e versões das artistas, pode acessar as plataformas de streaming de música ou assistir no YouTube (é só clicar no nome delas).
Na abertura da jornada, o Prof. Gildo Galindo, que é diretor adjunto dos cursos de pós-graduação da Fafire, falou sobre o curso de Tradução e sua trajetória em 10 anos de criação e empreendedorismo. Parabenizou a Profa. Márcia e todas as pessoas envolvidas no evento e deixou votos de uma excelente jornada.
A Profa. Ma. Dulce Porto, docente do Departamento de Letras (Fafire), destacou os desafios da nova Base Nacional Comum Curricular – BBCC para o professor de inglês em diálogo com a temática do empreendedorismo. A palestra O Professor de Inglês x Empreendedorismo: desafios da nova BNCC fez um histórico desde o lançamento dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN até os dias atuais e vislumbrou metas para o futuro mediante abordagem teórica e documental.
Em seguida, a intérprete Damiana Rosa, da Escola de Tradutores (São Paulo), proferiu a videoconferência intitulada A fantástica história das mulheres indígenas pioneiras na interpretação no Brasil. Muitas mulheres exerceram, ao longo da história, o ofício de tradutoras intérpretes. Nesta palestra, Damiana Rosa deu evidência às intérpretes pioneiras que tiveram um papel de destaque na história do Brasil durante o período colonial: Paraguaçu, Mbycy, M’Uiráuby, Damiana Menezes da Cunha.
Wendell Santos, que também é aluno do PPGMT e Prof. de língua inglesa da rede de ensino do Estado de PE, discorreu sobre A autotradução literária, que se trata da tradução de um trabalho para outra língua feita pelo próprio autor. Em sua palestra, apresentou diversos pontos de vista sobre a autotradução, analisou a autotradução de Lorem Ipsum (Paulo Henriques Brito) e, por fim, defendeu a autotradução como uma genuína tradução.
Em No xirê das letras: língua x linguagem, uma questão de identidade, a Profa. Esp. Cristiane Souza realizou um breve relato de experiência de um projeto desenvolvido na Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Assis Chateaubriand (Brasília Teimosa, Recife): discurso acerca do preconceito pela cultura da África, abordagem quanto à questão da formação da língua portuguesa através das línguas africanas e análise de palavras cotidianas e de glossários. Cristiane Souza é Profa. de língua portuguesa da rede municipal de ensino de Jaboatão dos Guararapes – PE. Além disso, é atuante nas causas sociais e pesquisadora pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Autobiografias, Racismos e Antirracismos na Educação (GEPAR) da UFPE e pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Raça, Gênero e Sexualidades Audre Lorde (GEPERGES) da UFRPE. Em sua palestra, Cristiane Souza mostrou que nós também falamos línguas africanas, uma excelente reflexão para o tradutor cuja língua de chegada ou de saída é a língua portuguesa do Brasil.


Tarde

A tarde começou com as exposições de banner. Roberto França, aluno egresso do PPGMT, apresentou o banner Outros jeitos de usar a boca: as escolhas tradutológicas de Ana Guadalupe para Milk and honey. Sob orientação do Prof. Dr. Marcelo Costa (PPGMT), Roberto França analisou a tradução ao português brasileiro da obra Milk and honey, da escritora Rupi Kaur. O trabalho é um recorte de sua monografia de título homônimo.
Antônio Andrade (Prof. de língua inglesa), Natani Monte (advogada) e Tiago Trigueiro (comunicador social), discentes do PPGMT, apresentaram o banner Pablo Neruda in context: Tradução do poema Walking Around. O trabalho, que já é um estudo realizado já no decorrer da especialização, propõe uma tradução fiel do poema Walking Around, do escritor chileno Pablo Neruda.
Dentre as palestras oferecidas à tarde, Dandara Palankof contou como começou a traduzir HQs na palestra intitulada Traduzindo HQs: peculiaridades e desafios. A tradutora destacou as características das HQs como uma forma de escrita singular e independente, bem como as questões tradutológicas com as quais se depara.
Letícia Quintella, da UFPB, discorreu sobre a tradução de línguas antigas em Percursos tradutórios em debate: análise linguístico-literária do excerto de controvérsia 6.8 de Sêneca, o Rétor.
Georgea Nascimento, Profa. de língua inglesa da rede de ensino Red Baloon (Recife) e aluna do PPGMT, apresentou a palestra Legendagem vs. Dublagem, por que tão diferentes? Sob orientação da Profa. Ma. Manoela Oliveira (PPGMT), a palestrante trouxe à tona diversos conflitos encontrados na legendagem e na dublagem, bem como estratégias de tradução.
Paula Berinson contou suas experiências como tradutora PT-FR na palestra Tradutore Traditori, que entreteve e intrigou a audiência com os percursos feitos em seu trabalho de tradução de textos antigos que precisaram ser encontrados na França.
O evento também contou com a presença de Fátima Quintas (da Academia Pernambucana de Letras – APL), que falou sobre O ensaio na literatura. Em sua fala, a escritora contou suas primeiras experiências e reações recebidas aos seus ensaios de características literárias. Segundo sua palestra, o ensaio é e deve ser literatura.
O grupo formado por discentes do PPGMT Lorena Paula Leal (advogada, tradutora juramentada), Michelli Florencio Dantas (profa. de língua inglesa) e Tiago Trigueiro falou sobre Multimodalidade e a Tradução no século XXI, sob orientação do Prof. Dr. Marcelo Costa.
Em seguida, o intérprete de libras Rewry Gomes trouxe a apresentação Desafios do intérprete de libras dentro das escolas públicas do Estado de PE. Rewry Gomes fez um relato de experiência como professor-intérprete nas escolas da rede estadual de ensino de Pernambuco, no qual discorreu sobre os desafios diários da interpretação na escola.
Fechando com chave de ouro, Andrea Melo falou sobre A importância das traduções em braille na rede de ensino do Estado de Pernambuco. A pedagoga e brailista falou discorreu sobre os livros em braille como ferramenta fundamental de compreensão e acessibilidade para a independência pessoal, formação educacional, cultural e profissional das pessoas cegas e de baixa visão. Andrea Melo é graduada em Pedagogia e pós-graduada em Educação Inclusiva. Professora brailista e, atualmente, trabalha na Sala de Recursos Multifuncionais da Erem Assis Chateaubriand (Brasília Teimosa, Recife) acompanhando alunos com diversos tipos de deficiência.

 
 
Por fim, a Profa. Márcia Modesto agradeceu a todas as pessoas presentes e encerrou a jornada com o sorteio de livros oferecidos pelas editoras MacMillan, Paulus e Enseada das Letras.


Monitoria
  • Claudiane de Sousa
  • Josileane Flossdorf

Mestres de Cerimônia
  • JL Júnior (manhã)
  • Felipe Brito (tarde)

Apoios institucionais

Comissão Organizadora
  • Cássio Cavalcante
  • Felipe Brito
  • Laura Freitas
  • Marcelo Costa
  • Margareth Patápio
  • Wendell Santos

Comentários

  1. Eu só sei que com isto a cereja do bolo foi colocada com sucesso. Wendell, muito bom trabalho!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Mais lidas

Programação VIII Jornada Tradufire

A programação da VII Jornada Tradufire já está disponível! Com o tema “O PAPEL DO EMPREENDEDORISMO NA TRADUÇÃO E NO ENSINO DE LÍNGUAS”, a jornada contará com a presença do Prof. Gildo Galindo, que fará abertura do evento às 9:30. Mas atenção! O credenciamento e as novas inscrições começarão às 8:00 e terminarão às 9:00. Logo em seguida, teremos um momento cultural com as alunas do curso de especialização em Língua Inglesa: Metodologia da Tradução (FAFIRE/PE), as cantoras Ana Areias e Elaine Anjos. Dentre os temas abordados ao longo da jornada, teremos palestras sobre tradução e ensino de línguas perante a nova BNCC, mulheres indígenas pioneiras na interpretação no Brasil, história da Tradução, tradução de HQ, língua brasileira de sinais, braille, tradução literária e muito mais. O formulário de inscrição on-line está disponível no site da FAFIRE (desça até encontrar o cartaz do evento). Fiquem de olho que avisaremos tudo não apenas por aqui, mas também no site e redes sociais of

A Voz do Tradutor faz edição especial Tradufire e entrevista a profa. Márcia Modesto

A Voz do Tradutor O podcast A Voz do Tradutor faz programa especial para você ficar por dentro de tudo o que aconteceu na VIII Jornada Tradufire. Ouça também uma entrevista com a profa. Márcia Modesto, idealizadora do projeto e coordenadora do Programa de Pós-graduação em Metodologia da Tradução. A voz do tradutor é o podcast da Escola de Tradutores que dá voz e vez para o tradutor e o intérprete profissional, com informações, dicas e temas relevantes do mundo da tradução. Confira em: ww w.escoladetradutores.com.br/podcast .